sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

JK - A CAMINHADA PELO CENTRO

Nem os chamados anos dourados não poderiam escapar a críticas, assim como tem acontecido por toda história. Entre 1956 e 1961 o Brasil conheceu um período de modernização, principalmente por conta de Brasília. A construção da capital em 4 anos levou um espírito de euforia aos brasileiros, uma sensação de mudança, crescimento, de um novo tempo.
Obviamente JK foi alvo de intensas pressões, acusado de gastar o dinheiro úblico com obras sem sentido. Pior, acusavam-no de "entreguista", ans palavras da época, pois fez crescer a dívida externa e ainda abriu o mercado para investimento estrangeiros. Foi o terror dos nacionalistas. Principalmente daqueles que se acostumaram a Vargas.
Contudo, seguido o Plano Piloto de Lucio Costa, e a coordenação e o talento de Niemeyer, a capital, junto ao eixo rodoviário cruzeiro, revelou eficaz para integrar os estados centrais do país, melhorando as condições de produtividade do entorno e incorporando definitavamente a região ao mercado brasileiro. Entretanto, os dados revelam que a operação favoreu muito aos grandes proprietários. Já a reforma agrária tão invocada na época, o que envolveria distribuição de terras, não aconteceu. Isso sim teria grande possibilidade de amenizar a miséria regional.
O fato é que JK caminhou pelo centro, e nospassos de Getulio, procurou fazer política para os da esquerda e os da direita. Enquanto os esquerdistas reclamavam ação direta aos trabalhadores e os mais pobres, os direitistas tinham outros argumentos. Na verdade, o maior problema deles não era JK, mas a herança que lhe foi deixada por GV: Jango e a aliança trabalhista com PTB.
Terminou seu mandato mais popular que começou, embora durante seus 50 anos em 5 tenham assistido uma elevação significativa da inflação, sem contar a dívida externa.
Com o golpe militar, JK se exilou na França e, mesmo de volta ao Brasil, nunca mais pôde ingressar na política outra vez. Morreu em 1976 num estranho acidente de carro. Mesmo ano em que Jango também foi morto em seu exílio, no Uruguai, por um mal no coração sem precedentes.
No ano seguinte, foi a vez de Lacerda, também em circunstâncias duvidosas, completando um ciclo de mortes interessantes ao regime vigente.

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