segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Uma analise sobre a explicidade da corrupçao politica mundial

Fazendo atençao à atual situaçao politica da Italia senti uma subita necessidade de trazer a tona a discussao sobre a tendencia mundial à explicidade da corrupçao.
Quando uma formula de entorpecer o povo apresenta sinais de esgotamento graças ao uso frequente e difuso do mecanismo, inventa-se uma outra. Ou entao se agrega à anterior, aperfeiçoando cada vez mais os métodos de dominaçao.
A tendencia atual é cometer irregularidades de forma aberta, explicita, como fosse uma decisao menos hipocrita. Afinal, em qualquer situaçao, o principio mais basico da veracidade é a transparencia.

Sendo assim, no meu canal ninguem fala mal de mim. Mas eu assumo que nao me agrada a ideia e digo a quem quiser ouvir. E mais. Que atire a primeira pedra aquele que convidaria à sua casa um critico incisivo e ofensivo da sua pessoa ou do seu trabalho.
Convincente, nao? Mas a questao é: quem foi que te permitiu ter um canal de televisao concomitante a uma atividade politica de interesse publico e nacional?

Na Italia, o atual primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, parece ter abusado da formula. Sendo proprietario de 3 canais abertos da TV italiana, 1 canal a cabo, um grupo financeiro gigante, e tantos outros negocios influentes no pais, foi eleito primeiro-ministro da Italia e hoje combina a administraçao dos seu negocios "paralelamente" à administraçao da naçao.

Certo que no Brasil isso nao e nada inedito ou surpreendente, vide as relaçoes financeiras dos politicos lotados nas instituiçoes publicas do pais, fingindo praticar um poder democratico e honesto, conforme proposto em grande parte da Constituiçao Brasileira. Familias Collor e Sarney e todas suas possessoes e influencia no NE do Brasil talvez sejam os primeiros exemplos a virem em mente.

Tambem na Venezuela, ha pouco tempo, Hugo Chavez propos humildemente ao povo assumir poderes totais naquele pais, ignorando toda e qualquer lei quando se trata de sua posiçao e permanencia no cargo de lider daquele pais. Levou um nao no meio da cara, um nao daquele povo coitado, nao-educado, massacrado, nao por ele apenas, mas pela sua trajetoria de naçao sofrida, de idas e vindas, desastrosas direitas e esquerdas.

Agora cruzamos o Atlantico, e assistamos um empreendedor mafioso propor a um povo milenar europeu-ocidental a imunidade politico-criminal total quando no cargo de primeiro-ministro italiano. Ou seja, matar, roubar, entorpecer, enganar, lavar, influenciar, comprar, desviar, ditar, prender, julgar, expulsar, etc.. tudo metido sob as linhas pretensiosamente justificantes da ideia de girico que ele experimentou meter na cabeça daquela gente.

A Italia nao é uma grande Milao. Ao contrario, Milao é uma pequenissima parte da Italia, e o pais tem suas dificuldades, suas necessidades, suas faltas. Tem uma grande area rural, que alias é bastante beneficiada pelo PAC europeu. Existem os analfabetos, assim como no Brasil. E tambem muitos dos analfabetos politicos. Tudo isso somado à habilidade de venda de imagem dos politicos italianos pode ter atrasado o pais por alguns anos e estacionado o crescimento em detrimento do enriquecimento proprio. (Nada disso é novidade)

A novidade é que neste 7 de outubro tambem aqui o povo conseguiu uma vitoria. A corte negou a Berlusconi a proposta tipo assim, absurda, de estar acima da Justiça e qualquer julgamento.
É finito il sogno di essere Dio.

PS: desculpem a falta de acentos.

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